terça-feira, 30 de outubro de 2007

A minha palavra favorita


Na terça-feira dois lançamentos. Neste, na colectânea intitulada «a minha palavra favorita», editada por Jorge Reis-Sá, tenho uma pequena história, daquelas que gosto de qualificar de histórias-canção. A apresentação é às 19h, na Fnac do Chiado, no dia 6 de Novembro.
Mas, no mesmo dia, às 18h30, na Livraria Barata, da Av. de Roma, há o lançamento do livro de Jaime Rocha, «Anotação do Mal», e de Teolinda Gersão, «O Silêncio».
Eu vou estar no primeiro, com o Jorge. Mas o meu coração vai estar um bocadinho também no segundo, com o Jaime.

domingo, 28 de outubro de 2007

Valter Hugo Mãe e o prémio Saramago

Há notícias que nos deixam com esperança no mundo. Como esta. Valter Hugo Mãe ter recebido o Prémio Saramago significa que ainda há esperança para a literatura, para que as coisas que realmente importam sejam valorizadas.
Não, não é um nome já premiado em todo o lado que ganha uma vez mais. Nem sequer um livro que todos (quem são todos? nesse universo tão restrito dos todos?) elogiaram. Ou sequer que todos se acostumaram a escutar como muito lido.
Certo, ele não é um nome propriamente desconhecido deste mundo, das coisas das escritas, das palavras e das moradas do silêncio... Ele anda por aí, pelas editoras, pelos jornais. Mas é um nome que tem feito um caminho na escrita de coração (muito distinto da «escrita do coração», que é de outra estirpe). Discreto. Convicto. Envolvido. Enredado. Guiado por essa relação com as letras que se faz de intimidade, no sentido de que tem uma voz, que é pessoal, e não se rende ao facilitismo.
Por isso sabe tão bem escutar o nome de Valter Hugo Mãe e o do livro «O Remorso de Baltazar Serapião» (publicado em 2006 pela QuidNovi e que devo confessar que não li) como tendo sido o vencedor. Com a vitória dele, ganha a literatura. Não essa de cordel, que não vem mal ao mundo que exista mas não se arrisca a transformar o mundo ou nem sequer uma pessoa, mas essa outra que se alimenta (e é alimentada) de quem a escreve, que se consome em palavras como cinzas do existir.

Temps d'Images a não perder

Arranca a 30 de Outubro a edição de 2007 do festival Temps d'Images. Para uma pequena ideia de alguns exemplos das propostas deste ano (de dança, teatro, música, artes plásticas, cinema e tudo a tender para tudo...) o Expresso Online aqui publica uma breve introdução e o excerto em vídeo de quatro espectáculos. Até 15 de Dezembro é sempre a abrir.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

segunda-feira, 22 de outubro de 2007

Os livros em Second Life

Num grupo de discussão de livros

Uma livraria

Uma biblioteca
Um workshop de escrita

Paris entre estações...




quinta-feira, 18 de outubro de 2007

Matthew Barney e Londres no Outono





A visão possível dos vestígios do naufrágio (de uma porta da galeria aberta para o jardim) de «Drawing Restraint» de Matthew Barney na Serpentine Gallery, poucas horas antes da conversa com o artista

Olá gata cinzenta


terça-feira, 9 de outubro de 2007

Televisão em SL ou O absurdo tornado realidade virtual



Imaginem: um programa de entrevistas de televisão que acontece em directo na realidade virtual da SL. O estúdio, presença de entrevistado e entrevistador, anfiteatro para as pessoas poderem assistir ao vivo, câmaras de filmar à vista, audição (nem sempre adequada) das conversas. É real. Acontece. Quero dizer, é virtual. Acontece. Porquê apenas assim?
Questão: se há um mundo novo, virtual, onde a palavra central é «imaginação» («your world, your imagination»), por que é que a maior parte do que ali acontece não é mais do que a transposição (transferência, deslocação...) do que existe na RL para a SL? Temos assim tanta falta de imaginação?
Por que é que o que ali se constrói não se cria no exercício da resposta à questão essencial: o que seria determinada realidade/objecto/conceito/ideia se a pensássemos de novo para um contexto novo, que é a SL?
Tipo (exemplo): o que seria uma televisão e um media que poderá ter correspondência simbólica com a televisão para um contexto, lógica, e narrativas específicas que é esse mundo particular da SL? E o mesmo para tudo o resto, passo a passo, à medida humana, da deliciosa imperfeição, no exercício da experiência e do erro...
Assim se cumpria (ou pelo menos chegaríamos mais próximos) do potencial criativo, filosófico, humano, político, simbólico (pronto, económico também)... que constitui o que SL pode ser. Que raio! Por que é que não se vai mais longe? Falta de imaginação?

segunda-feira, 1 de outubro de 2007